Saturday, November 18, 2006
Truco, vida, jogo, baralho...
-Hum... Que que cê tem?
-Nada... E o jogador faz um sinal com a orelha
Aquela mesa cheia de notas de 5 reais amassadas instigava cada vez mais os blefs dos jogadores quando a viam.
-Família real!
-Calma aí... Tá, pode pegar.
Três novas cartas são compradas do baralho, um sorriso largo é feito pelo jogador.
-Vem cá rapaz... Dexa eu te falar uma coisa bem baxinho na sua orelha... Diz o jogador que acaba de comprar as cartas ao seu adversário.
-Quê?
-TRUCOOOO PORRA!
-Caí!
Ele joga um 2 de paus.
-É isso?! Seu merdinha... Mei Pau!
E o jogo continua com um 7 de copas seguido de um Rei e uma Dama.
-Tá...
Um 3 é rapidamente coberto por uma espadilha...
-Tamo fodido... Ganha, ganha...
Cartas inferiores são postas na mesa.
-E agora? Eu ouvi um nove?
-Não cara...
Zap! Um zap é jogado...
-Puta... Zap e espadilha...
-É, 6 a 0.
Agora vamos tornar as coisas um pouco mais insignificantes, por que um grupo de quatro pessoas se reuniria para colocar pedaços de plástico igualmente cortados em uma mesa e falaria coisas sobre um livreto rídiculo e de chatíssima leitura?
O jogo continua, 6x1, 6x4, 6x10, 6x11.
-Mão de onze!
-Eu embaralho.
As cartas foram novamente dadas.
Os dois jogadores com maior pontuação olham suas mãos uns dos outros.
-Vamos?
-Vamos? Tem certeza?
-Dá pra ganhar, dá pra ganhar...
-Ok.
Dois, dois, dama e valete.
-Maior na mesa!
Áz, dama...
-Sua maior carta é dama?!
-Não sou obrigado à responder sua pergunta.
-Tá...
O terceiro joga por baixo.
-Tá doidão? Maior na mesa! Joga a manilha.
-Você já esqueceu minha mão...
Áz.
Copeta, Zap.
E quase que instantanêamente.
-Tá doido? Foi maior na mesa na passada, você roubou.
-E desde quando eu sou obrigado a jogar a maior?
-Desde sempre...
-Para de roubar rapaz...
-Olha quem fala...
Os insultos continuam, até que um deles desiste...
Ta bem... pode ficar com a aposta e saí andando tranqüilamente do salão.
A vida não é como uma partida de truco onde fazemos tudo pra vencer, geralmente as pessoas não são como o nosso amado jogador que desistiu da briga e da aposta, somos instigados a competir eternamente, viva lentamente, a vida não é um jogo, lembre-se disso.
Thursday, November 16, 2006
Falta de Idéias...
Também podemos falar sobre a razão de alguém fazer um trabalho desses, certo? Pra começar podemos dizer que ele está fazendo um texto pra vender, e que se ele não publicar o seu texto na sua coluna, vai ficar sem dinheiro, e sem dinheiro ele não come, e sem comer ele não escreve, e se ele não escrever perde o emprego... se perder o emprego já era... vai pras ruas declamar nos bares e acaba tudo. De segundo argumento, ele estaria simplesmente escrevendo porque acha bonitinho gastar a paciência das pessoas que estão lendo seus textos inúteis que sobre nada falam, e assim ele se diverte imaginando a fúria das pessoas que estão lendo seus textos. E pra finalizar ele escreve porque gosta de escrever e ou tem necessidade de se expressar pra se sentir bem.
De um modo ou de outro ele escreve, escreve e escreve, e como diriam os contemporâneos seguidores de tendências, "esse cara não pega mulher e fica escrevendo essas porra", mas não caros amigos, não é por causa disso não, ele só escreve mesmo.
Se bem que a idéia de mudar o nome desse blog está começando a se mostrar atraente... O ódio se foi, depois ele volta... como de costume, um coração adolescente é muito instável. Se por alguma força maior eu não voltar a sentir ódio, eu mudo o nome do blog, vamos ser menos hipócritas né pessoal? Quem sou eu pra falar de hipocrisia? Já estou sendo hipócrita ao pensar na palavra hipocrisia... e você? Duvido que não...
Tuesday, November 14, 2006
À Caneta ou À Lápis?
Caneta, rústica e muito usada
Teclado, contemporâneo e não tão usado
Caneta, leve como uma pluma
Teclado, pesado como uma pedra
Caneta, escreve magicamente
Teclado, pega toda a expressão
Caneta, escreveu a base de quase tudo que temos hoje
Teclado, não escreveu a base, mas a multiplicou
Caneta,geralmente nas cores preta, azul e vermelha
Teclado, sua cor não importa
Caneta, fina e de fácil carreguio
Teclado, se não for laptop, esqueça
Caneta, resolve questões de concursos
Teclado, sendo deficiente...
Caneta, esborra
Teclado, erra na digitação
Caneta, interage com o meio natural
Teclado, interage com o meio cyber
Caneta, poética como uma flor
Teclado, poético como um agrupamento de carbonos em longas cadeias
Enfim, se você vai usar a caneta ou o teclado pra escrever seus enunciados, agora sabe mais ou menos como que as coisas funcionam
É com um pouco de idiotice que escrevo o texto de hoje, porque afinal, nossa felicidade é diretamente proporcional ao numero de idiotices que falamos.
Monday, November 13, 2006
Reflexões sobre o dia de hoje
Digamos que houve uma crise de modo de viver, uma reflexão profunda sobre os costumes, por que nós temos que seguir as outras pessoas? Por que não podemos ser autênticos? Por que não podemos ser únicos? Mesmo se essa unicidade fosse contra a maioria dos conceitos de felicidade dados pela sociedade? É por isso que estou passando leitor, já cheguei a conclusão de que todas as pessoas tem problemas e eu tenho os meus, mas será que nossos pensamentos podem ser tão esmagadores assim? Isso não deve estar fazendo mais nenhum sentido, o risco é seu se quiser continuar lendo isso...
O poder da reflexão gera sofrimento, mas até o momento estou acreditando que este é o melhor caminho para chegar à tão desejada felicidade.
Você acaba vendo que não consegue conversar com as pessoas e que não tem sorte no amor, se esconde na literatura e na música e quando sai das seu mundo artístico parece que tudo aquilo vem somado em sua mente em forma de rolo compressor, até que volte à expressão artística constante...
A nova sociedade, com essa mídia tão poderosa que rege as mentes desguiadas das pessoas que não sabem mais onde conseguir apoio... Não podemos somente culpar a mídia, aliás não podemos culpar ninguém, só você mesmo, porque no final você acaba nem mudando você mesmo, vai mudar os outros?
Numa segunda feira louca, inflamada pela vontade e desejo de expressão dum coração cheio de ódio, aliás quase que somente ódio, nasceu esse blog, não sei quanto tempo vai durar, mas certamente pouco é que não vai ser.
Julio Marcos B. Rodrigues....